A partir de análises cuidadosas (realizadas desde o início dos anos 1990) a presidente da SOBRAPHE voltou a estudar filosofia (fenomenologia e filosofia existencial) e passou a dedicar-se ao projeto de elaborar um paradigma clínico estruturado especificamente para lidar a existência cotidiana – a ciência ôntica da existenciaridade. Tal ciência, embora tenha relações com as Psicologia Empírica (constituída a partir do modelo epistêmico das ciências naturais), Psicologia Humanista, Psiquiatria e Psicopatologia é diferente delas.
Agir de forma fenomenológica hermenêutica consiste em descontrução do modo metafísico ocidental e reorientação da clínica da psique para as relações cotidianas. Mas é claro que tal reorientação necessita e é articulada de modo tão suficiente e adequado que possa trazer conhecimentos rigorosos e legítimos, e orientações confiáveis para aqueles que a sigam. Tal modelo de conhecimento consiste na ARE.
Em resumo, esta terapia existencial, primeiro rediscute fundamentos, conceitos já estipulados sobre teoria, método e, mesmo técnicas e, então, vê de maneira fenomenal-hermenêutica o que está incluso nas relações cotidianas, a saber, quem as pessoas são. Uma vez que, esta ciência não lida com causalidade, cálculos, leis gerais, etc., procede permitindo que a estrutura de constituição das relações “junto a e com” se mostrem fenomenalmente: em si mesmas, por si mesmas e a partir de si mesmas possam ser interpretadas daseinsanaliticamente.